terça-feira, 31 de maio de 2011

Lawrence Kohlberg e o Desenvolvimento Moral

Este psicólogo americano investigou o desenvolvimento do raciocínio  moral com base em dilemas. Com base nestas questões e dilemas, Kohlberg construiu 3 níveis de raciocínio moral, cada um deles sub-dividido em 2 estádios, perfazendo um total de 6 estádios.

Nível I: Pré-convencional (infância) - Neste nível, a criança raciocina em relação em si mesmo, e ainda não compreendeu ou integrou totalmente as regras ou as expectativas sociais.
  • Estádio do castigo e da obediência - Evitar infringir regras que acarretam punições, obediência em si mesmo, evitar danos físicos a pessoas e bens
  • Estádio do objectivo individual instrumental e da troca - Seguir as regras apenas quando se tem interesse pessoal, agir de forma a satisfazer os próprios interesses e deixar os outros fazerem o mesmo
Nível II: Convencional (adolescência) - Neste nível, o indivíduo considera correcto aquilo que está conforme e que respeita as regras, e, as expectativas da sociedade.
  • Estádio das expectativas interpessoais mútuas, dos relacionamentos e da conformidade - Corresponder às expectativas das pessoas mais próximas ou aquilo que as pessoas experam de nós. Ser "bom" é importante, e significa mostrar interesse e boas intenções pelos outros. Estabelecimento de relações reciprocas com as outras pessoas, como lealdade, confiança, respeito e gratidão.
  • Estádio da preservação do sistema social e consciência - Cumprir os deveres com os quais concordamos. As leis são para ser cumpridas, excepto em caso extremos.
Nível III: Pós-convencional (vida adulta) - Um indivíduo inserido neste nível compreende e aceita as regras da sociedade na sua globalidade, mas só porque primeiramente aceita determinados princípios morais que lhe estão subjacentes. No caso de um desses princípios entrar em conflito com alguma regra da sociedade, o indivíduo julgará com base no principio e não na convenção social. 
  • Estádio dos direitos originários, do contrato social ou da utilidade - Ter consciência que as pessoas defendem diferentes valores e opiniões, que grande parte dos valores e regras são específicos de determinado grupo embora devam ser respeitados a fim de se garantir a isenção, até porque fazem parte do contrato social. No entanto há valores, como a vida e liberdade, que têm de ser defendidos e respeitados independentemente da sociedade em questão.
  • Estádio dos princípios étnicos universais - Seguir os princípios étnicos por nós escolhidos. Os acordos sociais são normalmente válidos porque, normalmente, se baseiam nesses princípios. Quando as leis violam esses princípios, agimos de acordo com estes, até porque são premissas universais da justiça: igualdade dos direitos humanos. Kohlberg afirmava que muitos poucos indivíduos atingiam este estádio.

As regras e a moral dentro de uma Sociedade


Cada sociedade possuí um conjunto de regras sobre os comportamentos desejáveis e indesejáveis que podem ser realizadas pelos indivíduos. Existem acções que são considerados positivas e valiosas, enquanto outras são consideradas negativas e devem ser evitadas. As noções do bem e do mal estão profundamente enraizados nos indivíduos e na sociedade. Nenhuma sociedade não tem tais regras, chamadas de bons costumes ou ética.
Uma vez que os indivíduos vivem numa sociedade e que podem ter interesses coincidentes com os de outros, é fácil gerar conflitos, sendo necessário estabelecer regras para a organização em conjunto.
Aprender as regras começa muito cedo, com os adultos (pais) a transmitir conhecimentos à criança (educação) colocando um forte ênfase no respeito pelas regras, o que torna possível a convivência.
Vendo isto, podemos afirmar que a moral é formado por todas as normas gerais que regem a conduta entre os indivíduos. A componente moral é inata, mas é moldada pela educação, cultura e pela forma da sociedade.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Consumismo - fenómeno social

O consumo, é um fenómeno social complexo, condicionado por múltiplos factores e, com influência sobre a vida humana. O consumo, pode ter os seu benefícios, mas por outro lado é um fenómeno com que o consumidor deve estar preocupado.
É o acto económico que nos permite concretizar a satisfação de uma necessidade, através da destruição, ou uso de um bem ou serviço. O acto de consumo é um direito mas acarreta obrigações e responsabilidades económicas, sociais, políticas e ambientais.
Vários são os tipos de consumo, desde consumos essenciais e supérfluos a consumo privado e público, individual ou colectivo. Existem pois, diversos padrões de consumo, consoante a época, a localização geográfica, a cultura dos povos, o rendimento das famílias.
Hoje, o consumismo faz parte do ser humano, do seu pensamento, comportamento e do seu quotidiano. Aliás, a vida do ser humano é fundamentalmente alimentada e sustentada pelo forte consumo. Em qualquer local em que nos encontremos, existe uma atracção para consumir através da publicidade/marketing nos media. A televisão acarreta grande parte da responsabilidade deste acto de consumir.
A televisão influencia a vida dos cidadãos. Pelas suas características técnicas, acaba por condicionar o espectador a uma atitude de observação passiva das mensagens que recebe. Ao mesmo tempo, há um aviso dos analistas que chamam frequentemente a atenção para os perigos de manipulação que podem advir do contacto exclusivo com um meio de comunicação de massas tão imediato.
Mas, por outro lado, a dimensão informativa no mundo actual não pode deixar de ser apreciada. Com a revolução das telecomunicações, multiplicaram-se as possibilidades de envio de informações à escala mundial. As populações podem manter-se informadas muito rapidamente. Assim, torna-se mais difícil o exercício de um poder único e central.

As 3 instâncias de Personalidade segundo Freud

ID: é o 1º elemento. É inato, o que significa que a energia psíquica deriva apenas de tendências instintivas de natureza biológica que visam a satisfação imediata na busca exclusiva do prazer A busca egocêntrica de prazer leva a constantes frustrações e conflitos dado que, no mundo real, não existem condições que permitam que o objecto necessário esteja disponível sempre que o individuo o procura.

EGO: Tem por função orientar as pulsões de acordo com as exigências da realidade, de modo a tornar possível a adaptação do indivíduo ao mundo externo. No seu papel de árbitro na luta entre as pulsões inatas e o meio, o ego, conta com a ajuda de um conjunto de mecanismos de defesa que se vão formando e exercem um controlo inconsciente sobre as pulsões que ameaçam o equilíbrio psíquico do individuo. Estes mecanismos de defesa devolvem ao inconsciente os materiais que procuram tornar-se conscientes.

SUPEREGO: Se considerássemos a criança apenas em termos de id e ego, poderíamos dizer que ela seria perfeitamente amoral. O desenvolvimento do sentido de moralidade só é possível quando ser forma uma outra instância do aparelho psíquico: o superego. Este controlo imposto a partir do exterior tende, pouco a pouco, a ser interiorizado e, por volta dos sete anos, o superego é já uma instância interna que, segundo Freud, actua de modo automático e espontâneo. O superego representa um conjunto de valores nucleares como: honestidade, sentido de dever, obrigações, sentido de responsabilidade e outros. A constituição e a manifestação do superego não eliminam a actuação do id, que se mantém activo ao longo da vida. Toda a teoria freudiana se desenvolve à roda de conceitos de energia sexual ou libido.

Sigmund Freud e o método psicoanalítico

Fundador da psicanálise teórica e prática partiu da ideia base de que os comportamentos humanos são influenciados por instintos reprimidos. A psicanálise pretende, assim, descobrir os significados inconscientes que se ocultam atrás das ações, das palavras e das imagens a fim de curar o indivíduo.
Um dos métodos terapêuticos mais importantes é a interpretação dos sonhos e a associação livre do paciente. Como portador da consciência, o "eu" percebe o mundo exterior e ordena as impressões sensoriais. Por seu lado, o "id" é o inconsciente e o portador dos instintos humanos. O "eu" tenta influir sobre o "id" e actuar como mediador entre este e as exigências do mundo exterior. Seu objectivo é colocar "o princípio da realidade no lugar do princípio do prazer, que domina sem limitações o id . Em relação ao eu, a percepção desempenha o mesmo papel que o instinto em relação ao id. O eu representa a razão e a sensatez, ao contrário do id, que é a paixão". Freud nomeia um terceiro elemento, o superego, portador dos valores "superiores" do ser humano (moral, normas impostas, consciência, dever etc.). A teoria de Freud, que ele estendeu a todos os âmbitos espirituais e culturais, exerceu uma enorme influência sobre as ciências humanas e do espírito.
Há uma expressão famosa de Freud sobre a sua teoria do consciente e inconsciente. Dizia ele que "a nossa consciência é como um iceberg, onde apenas dez por cento está a flutuar na água, e o resto está muito abaixo da água. A parte consciente é o único à tona e inconsciente é o nível de entre a mente consciente e inconsciente".
Para uma melhor interpretação desta teoria, ver o 1º vídeo da barra do lado direito (Teorias de Freud)

Teoria das Expectativas de Vroom

Esta teoria baseia-se em que o esforço realizado para conseguir um alto desempenho deve ser recompensado com resultados que façam com que o esforço tenha valido a pena.
Explica-se sobre a base de três factores: valor, expectativa e instrumentalidade.
  • Valor: É a inclinação, a preferência para receber uma recompensa. Cada recompensa, num momento preciso, tem um valor de valor único, embora este valor possa variar com o tempo, dependendo da satisfação das necessidades e do surgimento de outras novas.
  • Expectativa: É a relação entre o esforço realizado e o resultado obtido.
  • Instrumentalidade: É a estimativa feita por uma pessoa sobre a obtenção de uma recompensa.
A motivação expressa-se como o produto destes factores mencionados anteriormente: 
            Motivação = V x E x I

O valor pode ser positivo ou negativo. No primeiro caso existirá um desejo por alcançar determinado resultado e no outro caso o desejo será de fugir de um resultado final específico.
À Expectativa associa-se um valor entre 0 e 1 dependendo da estimativa sobre o esforço realizado e o resultado obtido. Se não existe correspondência entre o esforço e o desempenho, o valor será 0; caso contrário, o valor será 1.
A instrumentalidade também assume um valor entre 0 e 1. Se a estimativa sobre a obtenção da recompensa é equivalente com desempenho então a avaliação será alta; caso contrario a avaliação será baixa.

Pirâmide de Maslow

O psicólogo Abraham Maslow desenvolveu dentro de sua Teoria da Motivação, uma hierarquia das necessidades que os homens buscam satisfazer. Estas necessidades se representam em forma da Piramide de Maslow, ou pirâmide das necessidades.

Na interpretação desta pirâmide podemos constatar que o ser humano tende a satisfazer as suas necessidades mais básicas, antes de procurar as mais específicas, ou seja, as pessoas não tendem a preocupar-se com a sua segurança (por exemplo), senão tiver cobertas as necessidades alimentares.
Maslow oferece-nos vários códigos no âmbito da motivação. Se quisermos motivar às pessoas que temos a nosso ao redor devemos procurar que necessidades têm satisfeita,s e tentar facilitar a consecução do degrau superior imediatamente.

domingo, 29 de maio de 2011

Desenvolvimento da criança

No site que aqui vou postar, encontrei uma tabela muito interessante sobre as diferentes fases do desenvolvimento infantil, assim como as acções que realiza em cada uma deles, o comportamento que estas apresentam e como se deve comunicar com elas. É uma tabela feita para ajudar os pais, mas que vem algo de encontro a matéria dada.

Aceder a este link: http://www.estimulando.com.br/desenvolvimento.htm

Jean Piaget

Jean Piaget (1896-1980) foi um dos investigadores mais influentes do séc. 20 na área da Psicologia do desenvolvimento. Piaget acreditava que o que distingue o ser humano dos outros animais é a sua capacidade de ter um pensamento simbólico e abstracto. Acreditava que a maturação biológica estabelece as pré-condições para o desenvolvimento cognitivo.
Jean Piaget considera que a criança tenta compreender o seu mundo através de um relacionamento activo com as pessoas e objectos. A partir dos encontros com acontecimentos, a criança vai-se aproximar do objectivo ideal que é o raciocínio abstracto. Piaget estimulou o interesse pelos estágios maturacionais do desenvolvimento e pela importância da cognição para muitos aspectos do funcionamento psicológico, tendo actuado como uma contra força construtiva à ideia de que as crenças, pensamentos e modos de uma criança abordar problemas são basicamente o resultado daquilo que se lhe ensine directamente. Piaget acredita assim, que os objectivos do desenvolvimento incluem a habilidade para raciocinar de modo abstracto, para pensar sobre situações hipotéticas de modo lógico e para organizar regras, por ele designadas operações, em estruturas de nível superior mais complexo.
Como é do conhecimento geral, Piaget elaborou uma lista de períodos que acontecem ao longo do desenvolvimento intelectual, afirmando ele que a criança passava por cada um deles ao longo do seu desenvolvimento. Para uma melhor compreensão da noção dos períodos de desenvolvimento de Piaget, visionar o 1º vídeo que se encontra na barra do lado direito.

Disputas entre irmãos na adolescência

Um conflito muito comum em famílias com mais de um filho é a luta entre os irmãos. Assim como as brincadeiras, as brigas são triviais e colaboram com a aprendizagem essencial para a vida da criança.
Os pais não precisam de ficar preocupados, caso os filhos não aparentem uma amizade como gostariam. Essa amizade pode acontecer quando os pequenos crescem. Certamente essa união será fortalecida pelos tantos anos de contendas. O sentimento é construído através da relação
Apesar de tudo que os irmãos disputam, como brinquedos, televisão, comida, a disputa fundamental é pelo amor e atenção dos pais.
Os pais têm uma afinidade maior com aquele filho que combina mais com sua personalidade, ou que corresponde mais às suas idealizações e manifestam isso inconscientemente seja expressando mais carinho ou rigidez com um do que com o outro.
As crianças percebem quando os pais têm essas reações, ora de proteger um, ora de sobrecarregar o outro, resultando assim em sentimentos de injustiça, rejeições, ciúmes, invejas e brigas.
Diante de uma situação de ciúme, por um dos irmãos receberem algo, é importante que os pais esclareçam o motivo e permitam um contexto de conversação, onde a criança possa falar sobre esse ciúme ou sentimento de injustiça. É através desse contexto que a criança aprende a tolerar a frustração e a compreender as diferenças.
É na convivência entre os irmãos que a criança aprende, por meio das disputas, a enfrentar desafios,conquistar o seu espaço, ter iniciativa, compartilhar e respeitar o outro.

Ciúme - será doença???

O ciúme é um tipo de sentimento que atinge inúmeros seres humanos. Ocorre quando há distorção do sentimento de zelo e cuidado para com uma determinada pessoa. Ao contrário do que se pensa, o ciúme é um sentimento pessoal, voltado para quem o sente.
O ciúme manifesta-se:
- perante uma ameaça à solidez de um relacionamento;
- diante da possibilidade de perda da pessoa por quem se tem ciúme;
- ou quando se detecta a perda da exclusividade em relação ao sujeito passivo do ciúme.
Essas afirmações diferem-se do que se pensava antigamente, já que se acreditava que o ciúme era um sentimento positivo, visto como uma prova de amor.
Existem pessoas que desde a infância desenvolvem esse sentimento. Ocorre aproximadamente aos quatro anos de idade, quando a criança se identifica com um dos pais (o do mesmo sexo que ela) e sente ciúme até mesmo quando seu parceiro se aproxima.
Em geral, o ciúme manifesta-se por instabilidade na relação, dúvidas, raiva, medo, vergonha por parte de um membro do casal ou dos dois. Pode ser considerado normal, quando ocorre em determinadas situações, como ser excluído e/ou rejeitado pelo parceiro ou ainda quando um terceiro passa a ter a atenção desse; pode ser tensional, quando provoca sentimentos desagradáveis como angústia e fragilidade ligados à relação; e ainda patológico, quando a insegurança proporcionada pelo ciúme promove reações e certezas infundadas.
Em relação ao ciúme patológico, é considerado distúrbio paranoico pela psiquiatria, pois seu portador não diferencia fantasia e imaginação da realidade. É caracterizado por extrema desconfiança, constante busca de provas e confissões. A pessoa com este tipo de paranoia sente-se ansiosa, depressiva, humilhada, com desejo de vingança. Tal distúrbio, se detectado, deve ser rapidamente tratado, pois pode induzir seu portador a tomar atitudes extremamente perigosas!

Maturação Física na Adolescência

A maturação física engloba o desenvolvimento das características físicas como estatura, peso, sexo, etc. Este é um período em que ocorrem mudanças biológicas e fisiológicas, onde o corpo desenvolve-se física e mentalmente tornando-se maduro. O inicio desta fase é variável, tendo diversos factores envolvidos, os principais, podemos citar: a genética, a etnia (haja vista que há diferenças acentuadas entre culturas diferentes), influência do meio social (convívio com indivíduos mais velhos podem acelerar a puberdade) e diversos outros factores biológicos e culturais. É uma fase marcante para qualquer adolescente.

Geralmente, no sexo feminino este período ocorre entre os 9 e 13 anos de idade, e divide-se pelas seguintes etapas:

  • Desenvolvimento dos seios
  • Aparecimento dos pelos púbicos 
  • Aumento da estatura 
  • Aparecimento da menstruação 
No sexo masculino, este período ocorre normalmente entre os 10 e 14 anos de idade, e divide-se pelas seguintes etapas:

  • Tamanho do pénis 
  • Surgimento dos pêlos púbicos 
  • Acne 
  • Aparecimento dos pelos axilares e faciais 
Os adolescentes, na sua maioria, são bastante vulneráveis e instáveis psiquicamente. Ao depararem-se com tais modicações a nível corporal sem qualquer preparação nem apoio psicológico, desenvolvem os primeiros problemas de auto-estima, podendo mesmo, em alguns casos, chegar a depressões.

sábado, 28 de maio de 2011

A importância da Experiência Precoce na aprendizagem da linguagem

Ainda em relação ao documentário visionado na aula, deixo aqui este texto sobre a importância da estimulação da linguagem numa criança.
A aquisição da linguagem nas crianças resulta de factores hereditários (genéticos) e factores do meio. Estes segundos têm a ver com as experiências que são promovidas para facilitar as aprendizagens da criança nesta área. No processo de aquisição da linguagem de uma criança é muito importante que as experiências relacionadas sejam promovidas desde cedo, pois, se a estimulação para a linguagem surge demasiado tarde, não é possível a aquisição da linguagem de forma normal. Desde bebé, a estimulação passa por falar muito com a criança o que permite que esta se vá familiarizando com o código linguístico dos pais. A importância da experiência precoce na aquisição da linguagem por parte das crianças ficou relatada de forma algo dramática numa situação real. Uma criança chamada Genie foi trancada pelo pai aos 20 meses de idade. Esta criança viveu completamente só e era amarrada a uma cadeira com bacio, nua, durante o dia e amarrada ao berço de noite. Quando o pai e o irmão se aproximavam dela nunca falavam. Quando, doze anos mais tarde, foi libertada, Genie era incapaz de falar. Apesar de ter feitos muitos progressos após ter sido libertada, Genie nunca foi capaz de atingir um desenvolvimento normal da sua linguagem. Por exemplo, nunca conseguiu utilizar pronomes e não conjugava verbos. A partir desta situação algo macabra, a comunidade científica percebeu a importância do período crítico nas crianças para a aprendizagem da linguagem. Caso não seja aproveitado este período crítico, há aprendizagens que, não tendo sido realizadas na infância, dificilmente serão interiorizadas na vida adulta.

A Mente Humana

A mente humana grava e executa tudo que lhe é enviado, seja através de palavras, pensamentos ou actos, nossos ou de terceiros, sejam positivos ou negativos, basta que nós o aceitamos. Essa acção sempre acontecerá, independente de trazer ou não resultados positivos para nós.
Um cientista de Phoenix - Arizona - queria provar essa teoria. Precisava de um voluntário que chegasse às últimas consequências. Conseguiu um numa penitenciaria. Era um condenado à morte que seria executado na penitenciária de St Louis no estado de Missouri onde existe pena de morte..
Propôs a ele o seguinte: ele participaria de uma experiência científica, na qual seria feito um pequeno corte em seu pulso, o suficiente para gotejar o seu sangue até a ultima gota final. Ele teria uma chance de sobreviver, caso o sangue coagulasse. Se isso acontecesse, ele seria libertado, caso contrário, ele iria falecer pela perda do sangue, porém, teria uma morte sem sofrimento e sem dor.
O condenado aceitou, pois era preferível do que morrer na cadeira eléctrica e ainda teria uma chance de sobreviver.
O condenado foi colocado em uma cama alta, dessas de hospitais e amarraram o seu corpo para que não se movesse. Fizeram um pequeno corte no seu pulso. Abaixo do pulso, foi colocado uma pequena vasilha de alumínio. Foi-lhe dito que ouviria o gotejar de seu sangue na vasilha. O corte foi superficial e não atingiu nenhuma artéria ou veia, mas foi o suficiente para que ele sentisse que seu pulso fora cortado.
Sem que ele soubesse, debaixo da cama tinha um frasco de soro com uma pequena válvula. Ao cortarem o pulso, abriram a válvula do frasco para que ele acreditasse que era o sangue dele que estava caindo na vasilha de alumínio. Na verdade, era o soro do frasco que gotejava.
De 10 em 10 minutos, o cientista, sem que o condenado visse, fechava um pouco a válvula do frasco e o condenado pensava que era seu sangue que estava diminuindo.
Com o passar do tempo, ele foi perdendo a cor e ficando fraco. Quando os cientistas fecharam por completo a válvula, o condenado teve uma parada cardíaca e faleceu, sem ter perdido sequer uma gota de sangue.
O cientista conseguiu provar que a mente humana cumpre, ao pé-da-letra, tudo que lhe é enviado e aceito pelo seu hospedeiro, seja positivo ou negativo e que a morte pode ser orgânica ou psíquica.
Esse facto é um alerta para filtramos o que enviamos para nossa mente, pois ela não distingue o real da fantasia, o certo do errado, simplesmente grava e cumpre o que lhe é enviado.

"Quem pensa em fracassar, já fracassou mesmo antes de tentar"